Título: Androids Sonham Com Ovelhas Elétricas? Editora: Aleph Ano: 1989 Páginas: 210


sinopse: Em uma terra decadente coberta por uma poeira radioativa e devastada por uma guerra atômica, Rick Deckard é um caçador de recompensas. Para melhorar seu precário padrão de vida, Deckard sonha sem substituir sua ovelha de estimação elétrica por um animal verdadeiro – um sonho de consumo que vai além de sua condição financeira.

Faz uma cota que terminei esse livro e o espírito de resenha não baixou ainda. Sabe quando o livro dá preguiça mas mesmo assim é uma leitura gostosa? Então, esse é um desses casos. Como li ele em ebook, acho que a canseira do dia a dia ajudou um pouco na demora de terminar a obra.

Em um futuro onde a Terra sofreu com alguma guerra e ficou inabitável por alta frequência de radiação, os humanos colonizaram Marte (onde o status social era mensurado por ter um animal verdadeiro, de pele e osso). A fim de terem companhia e ajuda, criaram-se androids em mera semelhança humana. Depois de um tempo, os mesmos se revoltaram e fora preciso cria-se uma nova profissão: aposentador de androids, que nada mais é que um assassino de androids.

"o medo fazia-a parecer doente...'

Tive o sentimento que o autor começou a ficar com preguiça de escrever e do meio do livro as coisas ficaram corridas (vamos dizer assim). Não que atrapalhou, mas não deu aquela vida aos personagens que se julgaram tão importantes - como alguns androides que o autor descreveu que era o pior de todos mas sem um porquê, uma explicação que te fizesse achar "ok, esse cara é do mal". Ficaram muitas perguntas no ar. (talvez isso seja consequência da época em que a obra estava sendo escrita, bem no meio da segunda guerra.)

"não era o que ela fazia ou dizia, mas o que não fazia ou dizia."

Toda a atmosfera da história é tanto quanto charmosa, mesmo que caótica. O tanto que ela tem de evoluída e tecnológica ela tem de vintage, de triste e melancólica. Principalmente a Terra - onde se passa maior parte da história- que está escondida em escombros.

O que eu amo, amo mesmo, é que na maioria da histórias de ficção científica  o ser humano é sempre o mesmo. Sempre os mesmos sentimentos, as mesmas neuras, os mesmos medos, a mesma fadiga de viver. Isso chega a ser poético, sabe?

"a despesa, o endividamento contratual, apavoram-no."

O que me ocorreu lendo o livro foi que os personagens eram personagens na vida real. E que quando estavam só, desmoronavam em sentimentos, culpas e crises existenciais.
A conclusão de vida de Deckard, o protagonista, é nada mais que a realidade.

De fato o livro foi neutro para mim. Entendo o porquê de ser um clássico, respeito seu pódio, e deve sim ser um obrigatório mesmo que a historia - para mim- deixou  um pouco à desejar(o efeito de já ter visto tudo isso antes de ler de onde saiu).
Sempre vou lembrar com carinho do filme que sempre chove.


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