Estou ensaiando pra fazer esse post desde o ano passado, e nada melhor do que soltar a bomba na semana de volta às aulas (que viraram as férias pois está tudo muito corrido com muitos trabalhos enormes) do meu (quase) último ano.

Eu já falei sobre faculdade aqui no blog duas vezes e, dando continuidade no assunto, vamos à esse post que nada mais é um bocado de aprendizados e desabafos sobre esses três anos de publicidade e propaganda.

Trabalhos em grupo parecem ser bons, é a utopia dos professores que acham que vamos colaborar, ouvir, sugerir mudanças e compreender os caminhos a serem tomados. O que eles não esperam é que no final o trabalho que era algo simples vire uma briga de ego e gosto pessoal.  Todos querem ser o melhor em x questão e se sobressair com seus gostos pessoais infindáveis. As pessoas são difíceis de lidar e dizer amém pra tudo não é a solução.

Entenda que na minha faculdade, logo no primeiro ano, são formados grupos de agências experimentais - que obviamente mudam de nome e integrantes ao longo dos anos. O primeiro ano é como se fosse um girassol que acabou de abrir, vibrante e inspirador. Já pra metade do segundo ano o girassol murchou e está ressequido, caindo aos pedaços e morrendo.  Entretanto, aprendi muitas coisas com trabalhos em grupos. Como qualquer curso, nem todo mundo que está ali vai seguir na profissão e isso pode refletir muito em como essas pessoas levam à sério do começo ao fim do curso - e se você quer seguir ou terminar a faculdade com dignidade, não vá na onda dessas pessoas que estão empurrando com a barriga, assim você só perde oportunidades.

Depois de um tempo você percebe que seu maior inimigo e concorrente é você mesmo, e que é muito difícil lidar com isso. A autossabotagem é grande em algumas horas e uma cabeça cheia insiste nesse processo de cada dia fazer coisas que não são favoráveis. Quando você se joga nesse mundo e vê o COMO as pessoas são e o quantos elas já estão evoluídas em vários processos que parecem ser coisa de outro mundo, você caí na tentação de desistir e não se achar bom o suficiente. Temos que lembrar que todo mundo teve um começo e parar de comparar o meu começo com o meio de alguém é necessário para que a evolução ocorra. E outra, pra qualquer negócio existe um público e se não existe porque não criá-lo?

Uma dica que eu dou, pra você estudante das artes e qualquer coisa que envolva a publicidade: não tenha medo e mostre o seu valor. Cara, nunca o bordão "quem não é visto não é lembrado" fez tanto sentido. Não se sinta inútil e ache que seus conhecimentos não estão aos pés de trabalhos de agências, pois não é agora que você tem que pensar nisso. O mercado de trabalho ta aberto pra quem se esforça, estuda e vai atrás. Você nunca vai estar atualizado se não estudar um pouco pelo menos todo dia.

Nesses três anos aprendi a encarar desafios, falar em público, socializar melhor, entender prazos e a debater. Mudei minha vontade de ser criação pra produção e planejamento. Aprendi o que gosto e não gosto no meio e aprendi de tudo um pouco, pois ter conhecimento nunca é desperdício.

Se eu vou seguir carreira isso ainda é um incógnita, porém o curso está sendo prazeroso e me colocando no meu limite mostrando que esse meu "limite" é apenas um muro que ergui diante aos desafios da vida.  E é isso. Volto aqui ano que vem pra falar do resultado com o canudo na mão.